Segundo a agĂȘncia, a propriedade jĂĄ foi isolada, inspecionada e interditada preventivamente. Amostras foram enviadas a um laboratório no CanadĂĄ para verificar se a ocorrĂȘncia se trata de um caso clĂĄssico, em que hĂĄ transmissão de um animal para outro, ou atĂpico, em que a doença se desenvolve de forma espontânea na natureza, geralmente em animais idosos.
Na segunda-feira (20), o Ministério da Agricultura informou que estava investigando um caso suspeito de vaca louca no Brasil. Na ocasião, a pasta não informou o local.
A morte em pasto aumenta as chances de que o suposto caso de vaca louca tenha se originado de forma "atĂpica", espontaneamente na natureza, em vez de ser transmitido pela ingestão de ração animal contaminada. Isso, em tese, reduz as chances de imposições de barreiras comerciais.
Os Ășltimos casos de vaca louca registrados no Brasil ocorreram em 2021, em Minas Gerais e no Mato Grosso. Na ocasião, os casos também foram atĂpicos, mas a China, maior comprador de carne do Brasil, suspendeu a compra de carne bovina brasileira por trĂȘs meses, de setembro a dezembro daquele ano.
Até hoje, o Brasil não registrou casos clĂĄssicos de vaca louca, provocado pela ingestão de carnes e pedaços de ossos contaminados. Causado por um prĂon, molécula de proteĂna sem código genético, o mal da vaca louca é uma doença degenerativa também chamada de encefalite espongiforme bovina. As proteĂnas modificadas consomem o cérebro do animal, tornando-o comparĂĄvel a uma esponja.
Além de bois e vacas, a doença acomete bĂșfalos, ovelhas e cabras. A ingestão de carne e de subprodutos dos animais contaminados com os prĂons provoca, nos seres humanos, a encefalopatia espongiforme transmissĂvel. No fim dos anos 1990, houve um surto de casos de mal da vaca louca em humanos na Grã-Bretanha, que provocou a suspensão do consumo de carne bovina no paĂs por vĂĄrios meses. Na ocasião, a doença foi transmitida aos seres humanos por meio de bois alimentados com ração animal contaminada.
Fonte: EBC