Uma cidade como Açailândia, tão proclamada pelos candidatos a prefeitos, como uma cidade potencialmente viável ao crescimento, parece que parou no tempo, quando o assunto é transporte público. Andando pela cidade, das 06h as 10h da manhã, o que se vê, são pontos cheios de pessoas reclamando que as opções de mobilidade via transporte público não estão sendo levados em consideração pelas autoridades políticas e do Ministério Publico. "Esse assunto têm que deixar de ser pauta das articulações políticas, o Prefeito e a Câmara de Vereadores, precisarão ter o mesmo pensamento e organizar o transporte público na cidade, só taxi não dá mais, se vc muda o itinerário, eles cobram ágio por isso, vá na Aulídia, no Pequiá, no Jardim de Alah, na Vila Ildemar ou seja, vá em todos os lugares longe do Centro e veja que pela manhã os pontos estão cheios, os taxis não conseguem mais atender a demanda de crescimento, triste para uma cidade como Açailândia". Disse Paulo, mestre de obras.
Não é possível pensar no meio urbano sem pensar em trânsito. Em muitos países, os problemas causados pelo trânsito são enquadrados tanto na perspectiva do meio ambiente quanto na da saúde pública, tamanho é o seu impacto na qualidade de vida das pessoas. Tal complexidade implica para o psicólogo do trânsito uma formação comprometida com o estudo das cidades e seu planejamento urbano, com a saúde pública, o convívio humano e a diversidade (Conselho Federal de Psicologia, 2000).
A discussão sobre as condições de mobilidade urbana é muito importante para aumentar a qualidade de vida nas cidades. Pois as pessoas estão constantemente se locomovendo: para o trabalho, para fazer compras, para aproveitar atividades de lazer e para consultas médicas, por exemplo. E, desses locais, de volta para o seu lar.
Mesmo quem poderia ficar a maior parte do tempo em casa se desloca, porque o movimento está no DNA humano e a possibilidade de viver novas experiências é um dos baratos de estar em uma cidade. Seja a pé, de bicicleta, de carro, de ônibus ou com qualquer outro meio de transporte, esse deslocamento tem tudo para ser prazeroso, mas também pode ser bastante estressante. É aí que entra o que falamos antes: sem boas condições de mobilidade urbana, a experiência de viver na cidade é pior.
Em seus quase 40 anos de vida, Açailândia vive refém das lotadas de taxis, que sem itinerários, sem fiscalizações e sem frota, ditam as regras do transporte público na cidade, e isso precisa Urgentemente ser corrigido pelas autoridades competentes, a cidade chega a quase 120 mil habitantes, sua economia cresce a passos largos com o gestor que aí está, e promete ter um crescimento maior nos próximos 4 anos, mas sem mobilidade e acessibilidade, Açailândia fracassará, não existe economia forte sem mobilidade acessível em todos os níveis. Até por que, será que o DMT carece de entendimento, que não o faça ver que Açailândia vive um crescimento na demanda de usuários do transporte público, e que enquanto o transporte coletivo na cidade for ineficiente criará na cabeça do cidadão perguntas que as autoridades competentes não conseguirão responder.
Fonte: Atribuna