Como se aproximar do eleitorado diante da crise sanitária da Pandemia?

ré -candidatos explicam como fazer a campanha em meio ao isolamento social provocado pela pandemia do novo coronavírus, visto que São Luís, segundo a última Pesquisa Nacional de Amostragem por Domicílio (PNAD), 16% da população não tem acesso à internet

Por Samartony Martins - Posic. textual - Ricardo Becker em 20/07/2020 às 10:27:05
Urna eletrônica. (Foto: Nelson Jr./ ASICS/TSE

Urna eletrônica. (Foto: Nelson Jr./ ASICS/TSE

As eleições de 2020 para prefei­to e vereador ficaram marcadas na história do Brasil por conta da pandemia do novo corona­vírus (covid-19) e também da campanha eleitoral virtual, em decorrência do dis­tanciamento social que o momento pede. Na disputa pelos votos, os pré-candidatos à Prefeitura de São Luís estão apostando suas fichas nas redes sociais promovendo lives, que também servem como termôme­tro, além dos "likes" dos eleitores nas pos­tagens de suas ações. A intenção é ganhar a simpatia dos internautas/eleitores com mensagens inspiradoras, memes engra­çados e tentar fortalecer a empatia junto à população.

E foi pensando nessa situação, que o jornal O Imparcial dá continuidade à sua série de entrevista intitulada "A pergun­ta é…", direcionada aos pré-candidatos à Prefeitura de São Luís, para que possam responder semanalmente sobre diversos temas inerentes ao cotidiano da Ilha. De todos os entrevistados, apenas o pré-can­didato juiz federal, Carlos Madeira (PROS), não deu retorno até o fechamento desta edição. Veja como os demais pré-candida­tos responderam à pergunta: "Diante do isolamento social provocado pela pande­mia do novo coronavírus, qual sua estraté­gia para se aproximar do eleitor, visto que São Luís, segundo a última Pesquisa Nacio­nal de Amostragem por Domicílio (PNAD) 16% da população não tem acesso à inter­net?"

Adriano Sarney (PV)

"Diante do cenário atípico e da necessi­dade de isolamento social durante a pan­demia, intensifiquei os diálogos por meio das minhas plataformas digitais e busquei aproximação com líderes que representam a sociedade civil, tais como, presidentes de sindicatos, associações, líderes comu­nitários, entre outros segmentos. Através deles pude compreender as dores e as ne­cessidades também daquelas pessoas que não tem acesso à internet por meio de reu­niões virtuais utilizando da tecnologia de videoconferências e o resultado foi a mi­nha atuação no parlamento estadual com a apresentação de aproximadamente 50 proposições".

Bira do Pindaré (PSB)

"Faremos campanha respeitando todas as exigências sanitárias e as restrições esta­belecidas pelas autoridades de saúde. Entendemos que a vida é o nosso bem mais valioso e ele vem em primeiro lugar. A democracia é um direito fundamental, mas a vida é prioridade. Nesse sentido, se não foi possível as reuniões presenciais porque ge­ram aglomerações, usaremos canais alternativos, como as redes sociais, a internet, os canais convencionais de comunicação. Enfim, tudo aquilo que estiver ao nosso alcance para levar a nossa mensagem. Contudo, estou otimista que será possível termos regras mais flexíveis no final de setembro e no mês de outubro, quando a campanha acontecerá. Espero que tenhamos a oportunidade de fazer a campanha de forma presencial, porque eu faço questão de caminhar nas ruas, percorrer os bairros, visitar as feiras, pisando no chão, ouvindo as pessoas e pedindo a elas apenas o voto da consciência e do coração".

Eduardo Braide (Podemos)

"É natural que com o distanciamento por conta da pandemia, o contato com a população tenha se intensificado por meio das redes sociais. Sempre mantive um ca­nal permanente de diálogo com o povo. E agora, seguindo as recomendações sanitá­rias, continuo ouvindo pessoalmente as su­gestões das pessoas para a nossa cidade".

Detinha (PL)

Deputada Estadual Detinha. (Foto: Reprodução / Facebook)

"Eu tenho usado estratégias específicas para cada situação. Primeiro, há um grande número de eleitores que tem acesso à In­ternet e para esse público, eu realizo uma série de ações virtuais visando me comu­nicar com eles (realização de lives com te­máticas específicas, postagens diárias nas minhas redes sociais etc); segundo, para esses 16% que não têm acesso à Internet tenho realizado reuniões presenciais em pequenos grupos (tendo todos os cuida­dos orientados pela OMS), quase diaria­mente, nos mais diversos bairros de São Luís. Dessa forma, com o planejamento que temos executado, estamos contem­plando, a cada dia, um percentual cada vez maior dos eleitores ludovicenses e le­vando nossa mensagem (virtual e presen­cial) de mudança e esperança".


Fonte: O Imparcial

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