Vacina chinesa contra o coronavĂ­rus chega ao Brasil; testes começam nesta segunda

Material chegou ao Aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, e serĂĄ armazenado no Instituto Butantan, em São Paulo

Por Estado de Minas - Posic textual - Ricaro Becker em 20/07/2020 às 11:15:27
(foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil)

(foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil)

Na madrugada desta segunda-feira, o Brasil recebeu vacinas para testagem contra o novo coronavírus produzidas pelo laboratório chinĂȘs Sinovac Biotech. O material, que teve última partida de Frankfurt, na Alemanha, chegou em território nacional depois de 11 horas de viagem, por volta das 4h20 desta segunda, no Aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, na Região Metropolitana de São Paulo.

O material para testagem seguirĂĄ para o Instituto Butantan, em São Paulo, que conduzirĂĄ o estudo. A Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep) jĂĄ autorizou o início dessa fase de testes clínicos com a vacina, que devem acontecer por trĂȘs meses.
Nesta fase, a terceira do estudo, o Conep busca comprovar a segurança e a eficĂĄcia da vacina contra a COVID-19. Serão testados nove mil voluntĂĄrios recrutados para participar da experiĂȘncia. A inscrição dos interessados foi feita por aplicativo, lançado na última segunda-feira. Os testes começam nesta segunda-feira.

O diretor do Butantan, Dimas Covas, à frente do estudo com a "Coronavac", disse que a vacina é considerada uma das mais promissoras do mundo e que estĂĄ otimista para disponibilizar o imunizante no Brasil no fim deste ano ou no início de 2021. Segundo ele, nos estudos preliminares, mais de 90% dos participantes desenvolveram anticorpos desejados.

Participantes

Os testes serão realizados em voluntĂĄrios de São Paulo, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, ParanĂĄ e Distrito Federal. Os participantes não podem ter sido infectados pelo vírus nem devem participar de outros estudos. Mulheres não podem estar grĂĄvidas ou planejar gravidez por trĂȘs meses.

As pesquisas começarão na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) e, após autorização, serão realizadas também na Universidade de Brasília (UnB); no Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, no Rio de Janeiro; no Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de FĂĄrmacos da Universidade Federal de Minas Gerais; no Hospital São Lucas da PUC do Rio Grande do Sul e no Hospital das Clínicas da Universidade Federal do ParanĂĄ. Teste parecido é feito com a vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford (Inglaterra), em São Paulo e no Rio de Janeiro.

Fonte: O Imparcial

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