Artigo aponta que vacina de Oxford, em teste no Brasil, é segura
Resultados preliminares publicados na revista científica The Lancet apontam que a vacina conseguiu induzir a criação de anticorpos contra o Covid-19 após 28 dias
Pesquisa foi feita com mais de mil adultos saudáveis e revelou que efeitos colaterais podem ser tratados com medicamentos como paracetamol - (foto: AFP / Douglas MAGNO)
A vacina para covid-19, pesquisada pela Universidade de Oxford, não causa muitos efeitos secundários em pacientes e é eficaz para estimular a produção de anticorpos e células T contra o novo coronavírus. Pelo menos é o que apontam os resultados preliminares de um estudo divulgado nesta segunda-feira (20/7) na revista científica The Lancet.
Essa análise diz respeito às fases 1 e 2 do desenvolvimento da vacina. A terceira está sendo feita no Brasil em parceria com a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Vários grupos de cientistas estão em busca da substância que pode imunizar a população contra o coronavírus. Em outra frente, uma vacina criada pelo laboratório chinês Sinovac Biotech também está em fase avançada e chegou nesta segunda ao Brasil para começar a ser testada na população.
Detalhes sobre o estudo de Oxford
No caso dos resultados divulgados no artigo da The Lancet, os anticorpos estimulados nos pacientes atingiram o número máximo a partir do 28º dia depois de receber o tratamento e continuaram no mesmo patamar até o 56º. Análises feitas com um sub-grupo de 10 pessoas também indicaram que uma segunda dose poderia trazer resultados ainda melhores.
Os cientistas analisaram dados de 1.077 voluntários que não haviam contraído a doença, além de comparar os resultados com um grupo controle vacinado contra malária. Alguns dos participantes apontaram efeitos colaterais, como fadiga – em 70% dos casos – e dor de cabeça (68%). Mas os relatórios apontam que eles podem ser reduzidos com o uso de medicamentos comuns, como paracetamol.
De qualquer forma, o artigo aponta que mais testes são necessários para que a eficácia seja permanentemente comprovada. Por isso, os autores do estudo seguem com a pesquisa – inclusive aplicando a vacina em idosos.
Fonte: Correio Braziliense