A casa que virou símbolo de Açailândia, desabou por conta das fortes chuvas,fato negativo em nossa história, isso todos sabem. Mas que ela é, ou pelo menos era, o maior símbolo histórico da cidade, penso que isso, muitos não sabem. Ela foi construída em 1958, serviu de base para os empreiteiros responsáveis pela BR-010, rodovia que deu origem ao município e que abrigou personalidades importantes, como o engenheiro Bernardo Sayão e o ex-presidente Juscelino Kubistchek no início da abertura da estrada que liga Belém a Brasília (BR010).
Sempre foi desejo da Câmara Municipal, da Academia de Letras, além de órgãos públicos e privados da cidade, e olha que isso faz tempo, mas a casa de leis resolveu ir fundo por sua restauração, e o vereador responsável por esta indicação, é Carlinhos do Fórum, sua indicação já está tramitando e tem a adesão de todos os vereadores, inclusive do chefe do executivo da cidade, o prefeito Aluísio Sousa, que animado com a ideia, nos contou histórias curiosas sobre a presença destas duas personalidades históricas do país. A casa tombada como Patrimônio Histórico de Açailândia, jamais recebeu um olhar dos poderes da cidade, e infelizmente, a estrutura veio abaixo antes que isso pudesse acontecer.
"Pela primeira vez na sua história, Brasília sustou a respiração, sentindo que lhe faltava ar nos pulmões. Havia tristeza e ansiedade. Respirava-se silêncio e consternação". A frase de Juscelino Kubitschek lembra o único dia em que as obras da capital pararam, há exatos 50 anos. Do presidente ao operário, todos interromperam o trabalho quando souberam da morte do engenheiro Bernardo Sayão. Era 15 de janeiro de 1959 quando o rádio noticiou o acidente que tirou a vida de um dos primeiros diretores da Novacap. Uma árvore caiu na barraca de Sayão, durante as obras da estrada Belém/Brasília, em Açailândia (MA), e ele não resistiu
Sayão, que morreu aos 57 anos de idade, era responsável pela infraestrutura da capital - redes de água, esgoto, luz, telefone, estradas, etc. Trabalhava lado a lado com os operários e não deixava a construção andar em marcha lenta. Por isso, fez-se questão que ele fosse enterrado em Brasília. O Cemitério Campo da Esperança, no fim da Asa Sul, teve de ser aberto em uma noite para receber o primeiro túmulo.
O cortejo reuniu centenas de pessoas, que caminharam da Igrejinha Nossa Senhora de Fátima, na 307/308 Sul, até o cemitério. O acidente impediu o engenheiro de ver a inauguração de dois sonhos: Brasília e a rodovia que ligaria a cidade a Belém (PA). No fim dos anos 60, Sayão estava empenhado em colocar a estrada para funcionar. Faltando pouco mais de duas semanas para entregar a via, ele foi atingido pela árvore. Reza a lenda que o Curupira (figura do folclore brasileiro), irritado com o desmatamento, tenha provocado a morte do pioneiro. Outros creem que ele foi levado por tribos indígenas.
Fonte: NosCorredoresDoPoder