O advogado dos policiais, Jeffrey Chiquini, afirma que a denúncia do Ministério Público pela prática de homicídio qualificado foi injusta e que na verdade seus clientes deveriam ser condecorados. "Os policiais militares do BOPE foram denunciados injustamente pela prática de homicídio qualificado, já que na data do confronto agiram no estrito limite da lei e mereceriam ser condecorados por evitar que aquele criminoso continuasse colocando vidas em risco", disse Chiquini que dedicou a absolvição ao Soldado Zelieu que também estava envolvido no processo e faleceu em outubro deste ano.
"Infelizmente, um dos policiais não está mais entre nós e não conseguiu ver a justiça sendo feita, por isso dedico essa absolvição sumária ao soldado Zelieu que também enfrentou esse ardo processo", completou.
O confronto aconteceu em 14 de fevereiro de 2016, na Rua Francisco Derosso, no bairro Xaxim, em Curitiba.
Na ocasião, o suspeito teria ameaçado o companheiro de sua ex-esposa com uma arma de fogo e teria fugido do local após a polícia ser acionada. Localizado por uma equipe policial, uma perseguição se iniciou e percorreu vários quilômetros com troca de tiros. Em uma tentativa de abordagem, o suspeito teria atirado em direção a um dos policiais, que reagiu com dois disparos contra o atirador.
Na época, a família do suspeito procurou a Banda B para negar a versão da PM. Segundo a irmã do homem, ele não estava com nenhuma arma no momento da abordagem. "Ele estava bêbado porque terminou um namoro e foi até a casa do atual da ex dele. Lá, ele estava com uma faca e a PM foi chamada. Por estar com documentos vencidos, meu irmão acabou fugindo da abordagem. Ele não atirou contra ninguém, porque não tinha arma", garantiu, mesmo sabendo que a polícia localizou um revólver calibre 38 com o irmão.
Fonte: Banda B