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Cientistas japoneses usaram células-tronco isoladas de vacas para criar estruturas como músculos e gordura. A partir de registros da carne, a pesquisa chegou a um pequeno tecido que lembra um bife real. À esquerda, foto de carne wagyu real; à direita, imagens de carne artificial criada em impressora 3DRafael Miotto/G1; Reprodução/Universidade de OsakaA carne wagyu, conhecida por ser a mais cara do mundo, ganhou uma versão artificial criada em uma impressora 3D. Ela foi desenvolvida por cientistas na Universidade de Osaka, no Japão, onde a versão real é mais produzida.Os cientistas isolaram de vacas wagyu dois tipos de células-tronco. Elas foram modificadas em laboratório para se transformarem nos tipos de células necessários para criar a carne.Boi wagyu já recebeu mordomias como beber cerveja e ganhar massagemWEBSTORIES: Curiosidades do boi wagyuA pesquisa chegou à criação de estruturas, como músculos, gordura e vasos sanguíneos. Elas foram organizadas para produzir um pedaço de carne sintética.Porém, ainda não é possível fazer um churrasco com essa criação. O pedaço de carne produzido pelos cientistas se aproxima do tamanho de um grão de feijão: 5 milímetros de diâmetro, 10 milímetros de comprimento e 5 milímetros de espessura. Além disso, ele ainda não é comestível.A carne wagyu é conhecida pelo chamado marmoreio, a gordura intramuscular que dá um visual de mármore para a peça e garante sua maciez.Conheça o boi wagyu, que tem a carne mais cara do mundoNo artigo, os cientistas explicaram, para reproduzir essa estrutura, registraram um tipo de imagem capaz de diferenciar com detalhes o músculo da gordura. A partir desse registro, foi possível criar um exemplar com o número necessário de cada tipo de célula.Depois de organizar os componentes celulares em um tecido para que ele se parecesse com a carne wagyu, eles foram tratados por dois dias a uma temperatura de 4ºC com uma enzima chamada transglutaminase, usada para alterar a consistência de alimentos.SEM PROTEÍNA ANIMAL: Brasil já faz hambúrguer, linguiça e até bolinho de 'siri' com plantas e grãosSegundo os pesquisadores, ainda será necessário realizar outros estudos para fazer com que o tecido se torne comestível e possa ser produzido em maior escala.Os cientistas também acreditam que, no futuro, o método permitirá que a carne sintética seja criada com modificações em componentes de gordura e músculo para atender as necessidades de cada pessoa.As pesquisas sobre carne sintética têm se tornado mais comuns nos últimos anos, com projetos para criar alternativas para hambúrguer, carne de frango e até foie gras.Em dezembro de 2020, Singapura se tornou o primeiro país a autorizar a venda de carne artificial. O país deu o sinal verde após o pedido de uma empresa americana, que teve seu produto declarado próprio para consumo.