Conforme o secretário, a situação do Capanema é que ele está fechado há sete anos e já consumiu mais de R$ 150 milhões, sem previsão de conclusão da obra. “Agora, a Secretaria Especial da Cultura, o IPHAN já demonstraram que têm interesse em ocupar no mínimo parte do prédio. A questão é que temos inúmeros casos no Brasil inteiro e no mundo todo, de investidores da iniciativa privada cuidando muito melhor de ativos históricos e culturais do que o governo”, relatou.
Segundo Mac Cord, já existe um mecanismo no Ministério do Turismo, que se chama Projeto Revive, que prevê concessões de ativos históricos e culturais. “O ativo continua sendo do governo, mas um privado administra. É isso que vai acontecer no Capanema? Eu não sei. A gente não recebeu nenhum tipo de proposta”, afirmou.
O secretáriodisse ainda que o valor de R$ 30 milhões, que chegou a ser divulgado para o prédio, é totalmente equivocado. “Todos os imóveis têm algum valor de uma avaliação que foi feita em 5, 10 ou 20 anos atrás e aquele valor pode ser completamente errado, para cima ou para baixo. Tanto que a avaliação do próprio A Noite [prédio na Praça Mauá, que abrigou a Rádio Nacional e o INPI], obviamente estava errada para cima, tanto que ninguém apareceu para comprar.”
A secretária da SPU, Fabiana Rodopoulos, acrescentou que o mercado é quem vai definir o valor. “É por isso que invertemos a lógica anterior. Antigamente, a União identificava, colocava uma avaliação, e não era compatível com a realidade de mercado. A inversão de lógica e a inovação da PAI nos garante que o mercado faz essa oferta, e isso vai dinamizar a economia local. Estamos apostando que vai ser uma grande inovação legal para dinamizara a gestão do patrimônio da União”, ressaltou.
EBC