sta semana foi marcada pela alusão ao Dia Mundial de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas, no dia 30 de julho, última quinta-feira. Os dados nacionais apontam que em seis anos, o Ministério Público do Trabalho registrou 1.496 denúncias de aliciamento e tráfico de trabalhadores, no período de 2014 ao início de julho deste ano.
O triste fato destes números é que a maioria dessas pessoas que sofrem com o trabalho análogo à escravidão são de origem do Maranhão.
Em dados gerais, 2003 a 2018, ou seja, em 15 anos, foram resgatados 45.028 trabalhadores de situações análogas à escravidão em todo território nacional.
Neste mesmo período, foram resgatados 8.119 trabalhadores nascidos no Maranhão em todo o Brasil. Entre os maranhenses resgatados, 39% são analfabetos e 36% possuem ensino fundamental incompleto. Cerca de 82% das vítimas trabalhavam no setor agropecuário, o maior polo do trabalho escravo no país.
Setores Econômicos com maranhenses resgatados:
Destino dos maranhenses
O Observatório Digital do Trabalho Escravo (MPT/OIT), o fluxo migratório dos resgatados nascidos no Maranhão revela que os estados de destino com maior prevalência são:
Números e como denunciar
Dados do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC) revelam que o tráfico de pessoas movimenta mais de 30 bilhões de dólares e explora cerca de 2,5 milhões de pessoas no mundo. Segundo o Ministério da Justiça, em 2018 e 2019, 184 brasileiros foram arrancados do país devido ao tráfico de pessoas – 30 deles (16%) eram crianças e adolescentes. Os casos são subnotificados. As denúncias contra o tráfico de pessoas e o trabalho escravo devem ser feitas por meio do Disque 100 e do Ligue 180, do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos. Casos também podem ser denunciados ao MPT, pelos sites www.mpt.mp.br ou www.prt16.mpt.mp.br (MPT-MA) e, ainda, pelo aplicativo MPT Pardal (disponível gratuitamente para Android e iOs).
Fonte: O Imparcial