Paul McCartney relembrou o fim dos Beatles em entrevista ao programa "This Cultural Life", da rádio BBC4, que ainda irá ao ar no dia 23 de outubro, mas já teve trechos divulgados. Segundo McCartney, John Lennon foi o principal responsável pela separação do conjunto. “Não fui eu quem instigou a separação. Oh não, não, não. John entrou em uma sala um dia e disse: "Estou saindo dos Beatles". Isso levou à separação ou não?”, questionou ao entrevistador John Wilson durante a entrevista. De acordo com o músico, Lennon tinha um desejo de se “libertar” que o levou a querer sair da banda, a qual o próprio McCartney afirmou que não queria que acabasse. “Aquilo era a minha banda, o meu trabalho, a minha vida. Então, eu queria que continuasse”, comentou. Para ele, o grupo ainda estava fazendo coisas boas.
A confusão sobre a separação dos "quatro rapazes de Liverpool" ainda teria aumentado porque o empresário pediu aos membros da banda que ficassem quietos até que ele concluísse uma série de negócios, disse McCartney. Os Beatles anunciaram o fim da banda em 1970, após dez anos de atividade e um estrondoso sucesso no mundo inteiro. O último álbum lançado foi "Let It Be", em maio daquele ano, mas as disputas legais por conta da separação só foram resolvidas em 1974. Entre os fãs, sempre houve muito debate sobre o que teria levado ao fim da banda, com as principais razões citadas sendo as diferenças criativas e a briga de egos entre os quatro, principalmente entre Lennon e McCartney, enquanto George Harrison e Ringo Starr se sentiam pouco valorizados. Outro motivo seria o pouco interesse de Lennon em prosseguir, como McCartney confirmou. A entrevista divulgada nesta segunda, 11, se antecipa ao documentário de seis horas de Peter Jackson, "The Beatles: Get Back", com lançamento previsto para novembro no serviço de streaming Disney +, que também deve revisitar a separação da lendária banda.
Fonte: JP