Ministro diz confiar na aprovação das reformas Administrativa e do IR

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse, ontem (24), que confia em que o Congresso Nacional aprove, em breve, a proposta de Reforma Administrativa que o governo federal enviou...

Por Jota Silva em 25/10/2021 às 08:24:56

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse, ontem (24), que confia em que o Congresso Nacional aprove, em breve, a proposta de Reforma Administrativa que o governo federal enviou ao Parlamento em setembro de 2020.

"Eu acredito. O presidente da Câmara, [o deputado federal] Arthur Lira [PP-AL], estĂĄ comprometido com isto. O presidente da RepĂșblica [Jair Bolsonaro] também sempre apoiou as reformas", disse o ministro a jornalistas.

Guedes, que acompanhou o presidente Jair Bolsonaro ao Parque de Exposições da Granja do Torto, em BrasĂ­lia, voltou a afirmar a jornalistas que a aprovação da proposta que altera as regras do serviço pĂșblico civil nos trĂȘs Poderes (Executivo, Legislativo e JudiciĂĄrio), incluindo a questão da estabilidade dos futuros funcionĂĄrios pĂșblicos, resultaria em uma economia de R$ 300 bilhões para os cofres pĂșblicos no espaço de dez anos.

Segundo o ministro, a quantia economizada permitiria ao governo federal compensar, desde jĂĄ, parte dos R$ 30 bilhões necessĂĄrios para elevar, temporariamente, para R$ 400 o valor médio pago aos beneficiĂĄrios do Bolsa FamĂ­lia (programa assistencial cujo nome o governo pretende substituir para AuxĂ­lio Brasil). A proposta do governo também prevĂȘ ampliar o nĂșmero de beneficiĂĄrios dos atuais 14,7 milhões para cerca de 17 milhões.

"Conseguiremos ajudar os mais frĂĄgeis fazendo as reformas", pontuou Guedes, referindo-se também à proposta de reforma do Imposto de Renda, cujo texto jĂĄ aprovado pela Câmara dos Deputados vem enfrentando forte rejeição no Senado.

"Se fizermos uma reforma administrativa que nos dĂȘ R$ 300 bilhões, não hĂĄ problema darmos R$ 30 bilhões para os mais vulnerĂĄveis. E se avançarmos na questão do imposto de renda, que tributa justamente quem ganha R$ 300 bilhões com juros e dividendos, poderemos ajudar os mais frĂĄgeis […] dentro do teto do limite de gastos", acrescentou o ministro, referindo-se à obrigatoriedade legal do governo não elevar seus gastos anuais acima do percentual da inflação do ano anterior.

"Todos sabem que eu defendo o Teto. O Teto é uma bandeira nossa de austeridade", comentou o ministro, reconhecendo a necessidade do governo "flexibilizar um pouco a polĂ­tica fiscal para atender a ĂĄrea social" em meio à crise econômica.

"O presidente precisa enfrentar o problema da miséria que se agudizou durante a pandemia. E, para isso, ele precisa de R$ 30 bilhões para dar R$ 100 a mais para o Bolsa FamĂ­lia [totalizando R$ 400]. Todos sabem que jĂĄ tĂ­nhamos previsto [conceder] R$ 300 [de auxĂ­lio], ficando dentro do teto. Só que o Senado não avançou com as reformas, não nos deu fontes [de recursos]. Então, a [ala] polĂ­tica pressiona o presidente. É preciso entender que o teto é um sĂ­mbolo do nosso compromisso com as gerações futuras, mas se perguntĂĄssemos às gerações futuras se deverĂ­amos deixar 17 milhões de famĂ­lias brasileiras passando fome, elas vão dizer que não. Vão dizer para fazermos outros sacrifĂ­cios", reafirmou o ministro, favorĂĄvel à reformulação das regras de aplicação do teto de gastos.

"A reformulação é tecnicamente correta para sincronizarmos a periodicidade das despesas com o [limite do] teto, que, hoje, estão descasadas", finalizou Guedes.

Fonte: AgĂȘncia Brasil

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