Bolsonaro lamenta os 98 mil mortos por covid e emenda: "Vamos tocar a vida"

O presidente comentou o nĂșmero de mortes por causa do novo coronavĂ­rus em live: 'TĂĄ chegando no nĂșmero de 100 mil talvez hoje. É isso? Esta semana%u2026'

Por Ingrid Soares - Posicionamento Textual - Ricardo Becker em 07/08/2020 às 09:28:26
(foto: Facebook/Reprodução)

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O presidente Jair Bolsonaro lamentou, durante transmissão de live nesta quinta-feira (6/8), o número de mortos por conta da covid- 19. No entanto, segundo o chefe do Executivo, é preciso "tocar a vida".

"A gente lamenta todas as mortes. TĂĄ chegando no número de 100 mil talvez hoje. É isso? Esta semana… Mas vamos tocar a vida e buscar uma maneira de se safar desse problema", declarou.

Dados do Ministério da Saúde apontam que o Brasil registra 98.493 óbitos, sendo 1.237 deles registrados nas últimas 24 horas.

Bolsonaro ainda voltou a defender o uso da hidroxicloroquina, mostrando mais uma vez uma caisa do remédio, que, segundo diversos estudos, não possui eficĂĄcia contra a doença.

"Se, porventura, isso daqui [hidroxicloroquina] se comprovar mais tarde, […] essas pessoas tĂȘm que responder: "Por quĂȘ vocĂȘ proibiu? Baseado em que comprovação científica vocĂȘ proibiu? Pode ser também que, mais tarde, se comprove que isso aqui não tenha sido tão eficaz assim ou até ineficaz. PaciĂȘncia. Acontece".

O presidente disse ainda que não quiser tomar, não deve atrapalhar quem deseja fazer o tratamento. "Quem não quer tomar cloroquina não tente proibir, impedir quem queira tomar, afinal de contas, ainda não temos uma vacina e não temos um remédio comprovado cientificamente. Muitas doenças ainda estariam sem cura se o médico não tivesse a liberdade de trabalhar fora da bula", justificou, concluindo que quem deve decidir pelo uso ou não, são os médicos e não prefeitos e governadores.


Fonte: Correio Braziliense

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