"Quando você começa um jogo bem, fazendo defesas logo de início, isso dá confiança. O coletivo foi muito bom e pude executar um bom trabalho individualmente. Defensivamente, nosso campeonato vem sendo muito consistente. Temos trabalhado durante a semana e realizando bem nas partidas. Conseguimos controlar bem o primeiro tempo, no segundo eles vieram para cima com mais ímpeto, mas graças a Deus estávamos em uma tarde iluminada", disse Pedro Henrique, à Agência Brasil.
Poucos jogadores no atual elenco do Camaleão conhecem tão bem o clube como Pedro Henrique. Revelado no Goiás, está na oitava temporada pelo time do interior. No período, foi duas vezes vice-campeão goiano (2015 e 2018), além de semifinalista da Copa Verde de 2016 e do Estadual de 2017.
"Eu já moro em Aparecida há dez anos. É o time da minha segunda, terceira, quarta chances. Acompanhei o envolvimento do município, da [população da] cidade com a equipe. Até pouco antes de eu chegar, o clube se organizava para não cair no Campeonato Goiano. Construímos uma história bonita de consolidação no cenário estadual e disputamos competições nacionais. Já vínhamos merecendo sorte melhor desde 2015. Ela veio agora com o acesso [à Série C], coroando uma trajetória de pessoas que deram a vida pelo clube", declarou o goleiro.
Se precisa de gols para levar o título no tempo normal ou pelo menos forçar os pênaltis, ter novamente à disposição o artilheiro da equipe na temporada é um reforço e tanto para o Campinense. Ausente na partida de ida devido a um estiramento na coxa, Marcos Nunes realizou tratamento intenso durante a semana para ter condições de jogo neste sábado.
Autor de sete gols em 2021, o atacante foi o herói da classificação à final da Série D, balançando as redes duas vezes na vitória por 3 a 1 sobre o Atlético-CE, no Amigão, há duas semanas, na semifinal. O camisa 23 estava sem marcar há quatro meses (ou 12 partidas).
Marcos Nunes, atacante, Campinense, foi o herói da classificação à final da Série D, balançando as redes duas vezes na vitória por 3 a 1 sobre o Atlético-CE, no Amigão - Samy Oliveira/Ascom Campinense/Direitos Reservados"Foi um momento único, histórico, para ficar guardado na memória. Começamos o ano meio mal, mas nos recuperamos e atingimos os objetivos da temporada. Eu me cobro muito, mas acho que nosso elenco é muito forte. Papai do Céu tem me abençoado nas decisões, desde o Estadual. Espero marcar de novo. Quem sabe, se Deus quiser, será o gol do título", destacou Marcos Nunes, à Agência Brasil.
O atacante de 31 anos chegou ao Campinense no início do ano, após defender o Tupynambás-MG em 2020. A estreia foi com gol (e expulsão) na derrota por 2 a 1 para o São Paulo Crystal-PB, pelo Campeonato Paraibano. Na ocasião, a Raposa tinha acabado de ser atropelada pelo Bahia, por 7 a 1, em casa, pela Copa do Brasil. A volta por cima veio com o título estadual e o acesso à Série C após dez temporadas. Para homenagear o elenco, a torcida rubro-negra fez uma vaquinha e premiou o grupo com R$ 218 mil, após a conquista da vaga na terceira divisão nacional.
"Nunca havia passado por isso. Em outros clubes onde fui vitorioso, quem dava esses valores eram patrocinadores ou diretoria. Aqui, a torcida abraça o time e é fanática. A gente tenta dar alegria para eles, pois merecem. Tenho certeza que faremos por merecer e traremos esse título inédito. E se Deus quiser, a gente sendo campeão, tem mais um agradinho para nós [risos]", concluiu o atacante.
Fonte: Agência Brasil