Coordenador da força-tarefa da Lava-Jato em Curitiba, o procurador Deltan Dallagnol pediu nesta segunda-feira (10/8) ao Supremo Tribunal Federal (STF) que suspenda as ações que pedem o seu afastamento da Lava-Jato. Os procedimentos estão no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), e a defesa solicita que não seja dado andamento até que o referido pedido seja analisado pelo STF.
Um dos pedidos foi feito pela senadora Kátia Abreu (PP-TO) em outubro do ano passado. Dentre alguns pontos citados, ela alega que Dallagnol teria realizado palestras como uma forma de "alavancar sua imagem pessoal" e depois "monetizar aparições públicas". A senadora afirma que a representação tem como objetivo "resguardar as condições de atuação minimamente isenta do Ministério Público".
A defesa solicitou que o procedimento fosse retirado de pauta no CNMP. O pedido foi, ainda, para que caso não haja a suspensão do procedimento, e ele aconteça antes de o STF analisar o referido pedido, que seja anulado o julgamento de instauração que venha a ser proferido e "todos os atos processuais supervenientes, pelo princípio da contaminação ou da propagação da nulidade".
Os advogados Alexandre Vitorino e Francisco Rezek pedem que caso não haja suspensão, que o julgamento do processo de remoção e eventual afastamento cautelar de Dallagnol "seja submetido a quórum de deliberação de maioria absoluta e não seja realizado até que, assegurada a ampla defesa, seja produzida a prova oral já requerida pelo procurador Deltan Dallagnol a propósito dos fatos articulados na inicial do pleito de remoção".
Eles solicitam ainda ao cliente "a oportunidade de falar e produzir provas sobre os fatos os novos fatos que o relator busca inserir na causa de pedir da remoção".
Correio Braziliense