Com ensino híbrido, UFMA marca retorno das aulas para setembro

Os alunos se preocupam com o ensino no formato EAD

Por Bruna Monteiro Tavares - Posic textual Ricardo Becker em 15/08/2020 às 09:03:44
Campus da Universidade Federal do Maranhão no Bacanga, em São Luís. (Foto: Reprodução

Campus da Universidade Federal do Maranhão no Bacanga, em São Luís. (Foto: Reprodução

A Universidade Federal do Maranhão (UFMA) retornará as atividades em setembro. Segundo o calendário divulgado pelo universidade, o semestre 2020.1 acontecerá do dia 14 de setembro até 19 de dezembro. Já o segundo semestre começa no dia 8 de fevereiro e termina no dia 30 de abril de 2021.

As aulas na UFMA estão paradas desde o dia 17 de março por conta da pandemia do coronavírus. Na sua volta, a universidade irá adotar o ensino híbrido, onde parte das aulas será à distância e a outra parte presencial, ficando a critério dos departamentos da cada curso decidir sobre as aulas presenciais.

Como alternativa para flexibilização do ensino, a universidade irá ofertar menos disciplinas, com o objetivo de diminuir o fluxo na universidade e reduzir a chance de transmissão do vírus.

O aluno do terceiro período do curso de Artes Visuais da UFMA, Gabriel Nascimento, comenta que, apesar de ser difícil essa nova forma de ensino, é necessário pois a universidade já está a muito tempo parada.

"A gente está desde março sem nada, agora a UFMA vai colocar alguma coisa pra gente, é bem tarde, mas pelo meno tem. Mas, vai ser muito difícil a gente conseguir estudar por EAD como se fosse presencial, principalmente as cadeiras práticas que a distância ficam inviáveis e as teóricas mais massantes", relatou ele.

A preocupação com as disciplinas que serão ofertadas a distância não é só de Gabriel. O aluno do curso de farmácia, Fernando Baia, também ressaltou que para o seu curso é muito complicado.

"O meu curso, assim como a maioria, necessita de aulas onde haja uma certa interação discente-docente que o ensino a distância é incapaz de promover", comentou ele.

Fernando também falou sobre os pontos positivos e negativos da volta as aulas.

"Acredito que existem pontos positivos e negativos. Positivo no quesito de não atrasar mais ainda a formação e negativo num contexto de ensino híbrido onde nem todos poderão participar de possíveis aulas práticas e/ou ter acesso aos meios para ensino a distância", falou ele.

Segundo o reitor da universidade, Natalino Salgado, uma pesquisa foi realizada com os alunos em todo o Maranhão para o ensino híbrido. A pesquisa revelou que 30% dos estudantes possuem algum tipo de exclusão digital. Por conta disso, a UFMA pretende emprestar tablets ou financiar internet para quem precisar.

Natalino ressaltou, que os alunos precisarão se comprometer em cuidar dos tablets. A instituição fornecerá aos alunos uma cota de internet, que devem ser usados para baixar os conteúdos das aulas.

Gabriel Nascimento, também salienta que além de internet e tablets, o ambiente é muito importante para o ensino de qualidade.

"Eu acredito que precisamos de um ambiente de estudo, um ambiente especifico, pra gente se sentir desafiado a estudar. No ead nós vamos precisar estudar no quarto ou na sala, e as vezes fica difícil estudar assim", frisou.

Coronavírus no Maranhão

Segundo o boletim epidemiológico da SES, nesta sexta-feira (14), o estado já registou 1.131 novos casos e 12 mortes pela doença. O Maranhão já totaliza 135.324 casos confirmados, 3.240 mortes por coronavírus e 124.036 pessoas recuperadas da doença.

Mais de 299 mil testes foram realizados, 161.067 casos foram descartados e hoje (14), o número de casos suspeitos é 3.599.

Também de acordo com o boletim, os 12 novos óbitos notificados, aconteceram nas seguintes cidades: Bernardo do Mearim (1), Bom Jesus das Selvas (1), Gonçalves Dias (1), Montes Altos (1), São Bento (1), São Domingos do Maranhão (1), Serrano do Maranhão (1), São Luís (2) e Aldeias Altas (3).

Dos novos óbitos registrados no estado, nenhum aconteceu nas últimas 24h. Todos são de dias e/ou semanas anteriores, e aguardavam o resultado do exame laboratorial para Covid-19.

Fonte: O Imparcial

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