O ministro da SaĂșde, Marcelo Queiroga, se reuniu ontem (17) com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, para tratar da possibilidade de alteração da situação emergencial do paĂs causada pela pandemia de covid-19.
"Hoje nós temos um cenĂĄrio de desaceleração da covid-19 no Brasil, na maior parte do paĂs e alguns estados e municĂpios jĂĄ rumando para situação de controle. Dentro desse contexto que nós discutimos a questão da duração da emergĂȘncia sanitĂĄria de importância nacional", disse.
Ele acrescentou que, às vezes, as pessoas "confundem em transformar pandemia em endemia". "Não é prerrogativa do ministro transformar pandemia em endemia. O que o ministro faz é, dentro da lei, estabelecer a duração da emergĂȘncia sanitĂĄria de importância nacional em conformidade com o regulamento sanitĂĄrio internacional", afirmou.
Queiroga jĂĄ esteve com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, para esclarecer a intenção do governo de iniciar a transição para a categoria mais branda de emergĂȘncia sanitĂĄria. A medida estĂĄ em estudo e foi anunciada no inĂcio do mĂȘs pelo presidente Jair Bolsonaro.
Queiroga explicou que a mudança de classificação terĂĄ efeitos nos registros emergenciais de algumas vacinas e de medicamentos para o tratamento de covid-19, que vão precisar ser preservados com a mudança. O Advogado-geral da União, Bruno Bianco, também participou da audiĂȘncia.
Marcelo Queiroga também afirmou que a decisão sobre a reclassificação serĂĄ tomada com base na anĂĄlise epidemiológica e avaliação das ĂĄreas técnicas do ministério, da Anvisa, dos estados e municĂpios.
"Nos Ășltimos 15 dias, tivemos uma queda do nĂșmero de casos e do nĂșmero de óbitos. Nossa campanha de vacinação é uma das principais do mundo. O Sistema Ănico de SaĂșde (SUS) foi fortalecido durante a pandemia com recursos do orçamento", disse o ministro.
A pandemia de covid-19 foi reconhecida pela Organização Mundial de SaĂșde (OMS) em março de 2020.
Fonte: AgĂȘncia Brasil