Casos de SRAG por covid-19 caem ao menor percentual da pandemia

O percentual de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) causados pela covid-19 chegou ao menor patamar desde o início da pandemia, divulgou ontem (6)

Por Jota Silva em 07/04/2022 às 06:54:40

O percentual de casos de SĂ­ndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) causados pela covid-19 chegou ao menor patamar desde o inĂ­cio da pandemia, divulgou ontem (6) a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Boletim InfoGripe.

Nos momentos mais crĂ­ticos da emergĂȘncia sanitĂĄria, em 2021, 96% dos casos virais de SRAG eram causados pela covid-19, enquanto, nas Ășltimas quatro semanas, esse percentual caiu para 50,7%. A queda da participação da covid-19 nos casos de SRAG cede espaço ao vĂ­rus sincicial respiratório (VSR), que atingiu 29,7% do total de casos nesse perĂ­odo.

Apesar da redução da participação da covid-19 entre os casos de SRAG viral, a doença ainda responde por 91,3% dos óbitos quando são contabilizados os casos da sĂ­ndrome com testes laboratoriais positivos para vĂ­rus respiratórios nas Ășltimas quatro semanas.

Se for considerado todo o ano de 2022, 56,7% dos 107 mil casos de SRAG registrados tiveram resultado laboratorial que confirmava a presença de algum vĂ­rus respiratório. Entre esses casos, 5,5% foram por Influenza A, 0,1% por Influenza B, 3,9% por VSR e 86,7% pelo Sars-CoV-2 (vĂ­rus causador da covid-19) .

A incidĂȘncia da SRAG em crianças manteve a tendĂȘncia de alta, com sinal de ascensão significativa em diversos estados desde o mĂȘs de fevereiro. O boletim explica que dados laboratoriais relacionam a alta ao VSR na faixa etĂĄria de até 4 anos. JĂĄ na população de 5 a 11 anos, houve interrupção de queda nos casos associados ao Sars-CoV-2 e aumento de casos associados a outros vĂ­rus respiratórios.

A Fiocruz mostra o aumento da incidĂȘncia da SRAG infantil é a razão para que 11 das 27 unidades federativas apresentem sinal de crescimento da incidĂȘncia da sĂ­ndrome nas Ășltimas seis semanas: Acre, AmapĂĄ, Bahia, Distrito Federal, EspĂ­rito Santo, Maranhão, Paraiba, PiauĂ­, Rio de Janeiro, Roraima e Tocantins. JĂĄ Rio Grande do Sul e São Paulo apresentam essa tendĂȘncia apenas na anĂĄlise das Ășltimas trĂȘs semanas.

Para a curva nacional de casos de SRAG, a avaliação é de que ela mantém sinal de queda na anĂĄlise das Ășltimas seis semanas, mas apresenta sinal de estabilidade nas Ășltimas trĂȘs, o que indica uma estabilização no patamar de 2,2 casos semanais por 100 mil habitantes.

Fonte: AgĂȘncia Brasil

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