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CNI

CNI reduz estimativas para crescimento do PIB e da indústria

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgou ontem (12) o Informe Conjuntural no qual revisa a sua estimativa para o Produto Interno Bruto (PIB, soma...


A Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgou ontem (12) o Informe Conjuntural no qual revisa a sua estimativa para o Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços produzidos no país) deste ano de 1,2% para 0,9%.

A entidade também reduziu suas projeções econômicas para a indústria, que pelas novas estimativas deve ter produção 0,2% menor neste ano do que em 2021. Em dezembro, a CNI havia calculado crescimento de 0,5% este ano.

"Se esse cenário se confirmar, será a sétima vez, em 10 anos, que a indústria nacional encolhe", destacou a CNI em nota.

Entre os motivos para as revisões estão as dificuldades enfrentadas pelas linhas de produção globalizadas em decorrência do prolongamento da guerra na Ucrânia, que tem pressionado para cima o preço dos fretes internacionais, devido à alta do petróleo.

Outro fator é a variante Ômicron da covid-19, que continua a afetar a produção na China, país que segue com política de tolerância zero contra o vírus, promovendo quarentenas de cidades inteiras.

"Tanto as sanções comerciais e financeiras impostas por vários países ocidentais sobre a Rússia, quanto a nova variante da covid-19, contribuíram para a persistência dos desarranjos nas cadeias produtivas", disse a CNI.

Outros fatores destacados pela entidade para a redução da estimativa do PIB são também a redução da renda real, encolhida pela inflação interna alta, e os consequentes juros altos, que desestimulam a aquisição de bens duráveis como automóveis e eletrodomésticos.

"Temos um desafio, cada vez mais difícil, de enfrentar inflação alta com baixo crescimento", ressaltou o gerente-executivo de Economia da CNI, Mário Sérgio Telles.

Entre os tipos industriais mais afetados está o da indústria de transformação, que produz bens finais ao consumidor, cujo PIB deve fechar este ano com uma redução de 2%, ante um crescimento de 3,4% no ano passado. Tanto a dificuldade na obtenção de insumos e matérias-primas como a redução no consumo são os principais problemas, aponta a CNI.

Uma das poucas beneficiadas pelo contexto internacional deve ser a indústria extrativa, que devido ao aumento nos preços de produtos como petróleo e minério de ferro deve fechar o ano com crescimento de 2%, ainda que menor do que os 3% registrados no ano passado.

EBC

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