Senado aprova projeto que protege advogados em operações policiais

O Senado concluiu ontem (11) a votação do projeto de lei (PL) 5.284/2020, que fixa limites e critérios para as operações de busca e...

Por Jota Silva em 12/05/2022 às 07:03:33

O Senado concluiu ontem (11) a votação do projeto de lei (PL) 5.284/2020, que fixa limites e critérios para as operações de busca e apreensão em escritórios de advocacia. O projeto reforça o carĂĄter excepcional desse tipo de operação, além de não poder ser realizado apenas com base em declarações de delação premiada. O texto segue para sanção presidencial.

De acordo com o projeto, deverĂĄ haver sempre um representante da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) para acompanhar a busca e a apreensão, além do próprio advogado cujo escritório estĂĄ sendo investigado. O representante da OAB deverĂĄ zelar pelo cumprimento do mandado, podendo impedir que documentos, mĂ­dias e objetos não relacionados à investigação sejam analisados, fotografados, filmados, retirados ou apreendidos.

O projeto também trata de outros temas relacionados à pratica da advocacia, como o crime de violação de prerrogativa, garantia de honorĂĄrios, teletrabalho, regras para estĂĄgio, forma de sociedade, jornada de trabalho e defesa oral.

O texto-base do projeto chegou a ser aprovado na Ordem do Dia de ontem (10), mas por falta de quórum naquele momento, a votação dos destaques (emendas destacadas para votação em separado) ficou marcada para o dia seguinte. Foram dois destaques, um de Mara Gabrilli (PSDB-SP) e outro de Alessandro Vieira (PSDB-SE). O destaque da senadora de São Paulo tinha a intenção de retirar itens do projeto, por entender que o texto conferia aos advogados proteção excessiva.

JĂĄ a emenda de Vieira retira um artigo que garante o resgate de parte do honorĂĄrio em caso de bloqueio. Na visão do senador, um privilégio que consiste em garantia de recebimento de até 20% de honorĂĄrios sob bloqueio universal de cliente não é razoĂĄvel e fere o princĂ­pio da isonomia. Ambas emendas, no entanto, foram rejeitadas no plenĂĄrio.

*com informações da AgĂȘncia Senado

Fonte: AgĂȘncia Brasil

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