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Bancários suspendem greve e Correios mantém paralisação

Sindicato dos Bancários segue decisão nacional e suspende greve. Enquanto isso, Correios aguarda decisão sobre o Dissídio Coletivo de Greve


Foto: Divulgação/e-Social

Bancários maranhenses acompanharam a decisão nacional da categoria e decidiram suspender o movimento, encerrando também a Campanha Salarial deste ano, em votação virtual que teve mais de 60% dos votos, realizada na noite de segunda-feira, dia 31 de agosto.

A maioria achou que não seria possível construir uma greve forte se os demais sindicatos do país aprovassem as propostas rebaixadas da Fenaban e dos bancos públicos, o que acabou se confirmando nas primeiras horas da terça-feira, 1º de setembro.

O presidente do Sindicato do Bancários (SEEB-MA), Eloy Natan, lembrou que no último dia 28, os bancários do Maranhão já haviam rejeitado essas propostas. "Porém, com a orientação do Comando Nacional para que houvesse a aprovação, ficou inviável a deflagração da paralisação nacional, que poderia reverter esses acordos e impedir a retirada ou restrição de direitos da categoria, como o aumento salarial abaixo da inflação, o encarecimento do Saúde Caixa, o fim da venda ou do acúmulo de abonos no BB, o ressarcimento dos custos com o teletrabalho, dentre outros ataques".

Assim, a foi suspensa e a Diretoria do Sindicato assinará em breve a Convenção Coletiva de Trabalho 2020/2022.

Correios mantém

Enquanto isso, os Correios em greve nacional há 13 dias, mantém o movimento. No Maranhão, 70% dos servidores aderiram à greve. De acordo com secretário-geral do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras dos Correios Telégrafos e Similares no Estado do Maranhão (Sintect), Márcio Martins, o movimento aguarda agora a decisão do Tribunal Superior do Trabalho sobre o direito de greve, uma vez que não houve acordo entre os trabalhadores dos Correios e a Empresa de Correios e Telégrafos. "O TST já chamou as partes para conversar, como não houve conciliação, vai haver o dissídio coletivo, e creio que ainda esta semana saia a data prevista para julgamento da nossa greve. Por isso a gente está intensificando nossa mobilização para garantir nossos direitos", disse.

TST já chamou as partes para conversar, como não houve conciliação, vai haver o dissídio coletivo, e creio que ainda esta semana saia a data prevista para julgamento da nossa greve

O movimento tem se organizado, segundo Márcio, com as devidas medidas sanitárias, em alguns pontos da capital, como a Praça Maria Aragão, ou em carreatas pela cidade. Para a próxima quinta-feira está agendado um ato na área de tratamento do Tibiri. "Estamos respeitando todas as medidas de distanciamento social, somos contra qualquer tipo de aglomeração. Então, estamos atendendo aos decretos estadual e municipal, mas não podíamos deixar de fazer o movimento paredista", disse Márcio Martins.

O movimento dos trabalhadores é nacional e começou em outros estados no dia 17 de agosto.

A adesão do Maranhão ao movimento foi um dia depois. Cerca de 100 mil trabalhadores decidiram pela greve em assembleias organizadas pelos sindicatos filiados.

O movimento é por tempo indeterminado e é contrário à retirada de direitos, à privatização da empresa, a negligência com a saúde dos trabalhadores em relação à Covid-19 e ainda, no caso do Maranhão, contra o déficit de trabalhadores.

Em todo o Maranhão o Correios tem 1.525 funcionários e a defasagem, segundo o sindicato, é de 600 trabalhadores.

A orientação do Comando Nacional para que houvesse a aprovação, ficou inviável a deflagração da paralisação nacional

Convenção coletiva da categoria em 2019

Em 2019, após campanha salarial e greve, os trabalhadores e os Correios fecharam, por meio de acordo no TST (Tribunal Superior do Trabalho), a convenção coletiva da categoria, válida por dois anos.

No entanto, a estatal discordou da decisão e foi ao Supremo, que concedeu liminar, limitando os efeitos da convenção por apenas um ano. Com isso, a validade acabou em julho.

Entre os principais pontos de reivindicação estão a retirada de 70, dos 79 direitos do atual Acordo Coletivo, com vigência de dois anos (até 2021), como 30% do adicional de risco, vale alimentação, licença maternidade de 180 dias e auxílio creche.

Mutirões para entrega

No final de semana que passou, os Correios fizeram mais um mutirão de tratamento e entrega em todo o país, de milhões de objetos entre cartas e encomendas, como parte do plano de contingência colocado em prática pela empresa, para minimizar os impactos à população, diante da paralisação parcial dos trabalhadores.

"Os Correios seguem compromissados com a sociedade, neste momento em que os serviços da estatal são ainda mais essenciais aos brasileiros. Por isso, desde o início da negociação do Acordo Coletivo de Trabalho 2020/2021, os Correios têm sido transparentes sobre a sua situação econômico-financeira, agravada pela crise mundial causada pela pandemia. Conforme já amplamente divulgado, a empresa não tem mais como suportar as altas despesas, o que significa, dentre outras ações que já estão em andamento, discutir benefícios que foram concedidos em outros momentos e que não condizem com a realidade atual de mercado, assegurando todos os direitos dos empregados previstos na legislação. A paralisação parcial em curso somente agrava esta situação", diz um trecho do material distribuído à imprensa.

Os Correios seguem compromissados com a sociedade, neste momento em que os serviços da estatal são ainda mais essenciais aos brasileiros

A empresa coloca à disposição dos clientes os contatos para informações: 3003-0100 e 0800 725 0100 ou pelo endereço http://www.correios.com.br/fale-com-os-correios.

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