O Japão está determinado em realizar "a qualquer custo" os Jogos Olímpicos de Tóquio-2020, adiados para 2021 por causa da pandemia do novo coronavírus, por consideração a atletas e patrocinadores. A afirmação foi dada nesta terça-feira pela ministra japonesa para a Olimpíada, Seiko Hashimoto, em uma entrevista coletiva.
"Acreditamos que temos tudo para acolher os Jogos a qualquer custo", disse a ministra, que é ex-patinadora, considerando que "os esforços devem ser concentrados na luta contra o coronavírus", responsável pela pandemia da covid-19 que obrigou ao adiamento das competições, olímpica e paralímpica, de 2020 para 2021.
Seiko Hashimoto, que seguiu a linha de pensamento do australiano John Coates, vice-presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), comentou que os Jogos de Tóquio devem realizar-se por respeito "às muitas pessoas que trabalham na sua preparação e sobretudo aos atletas que estão fazendo esforços consideráveis para se prepararem para o próximo ano, num contexto difícil".
Um grupo de trabalho foi designado pelo governo japonês para formular medidas para conter a pandemia nos Jogos de Tóquio. O painel realizou a sua primeira reunião na última sexta-feira, em cooperação com o Governo Metropolitano de Tóquio e o Comitê Organizador. Nesta quarta, uma comissão executiva do COI, que em julho passado recebeu novos membros, vai se reunir para analisar os preparativos para a Olimpíada, prevista para acontecer entre 23 de julho e 8 de agosto de 2021.
A reunião da comissão executiva coincide com o anúncio da retomada de algumas modalidades olímpicas, como o judô e a ginástica (artística, rítmica e de trampolim).
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