A eleição municipal de 2020 mostrou um eleitor açailandense com sangue nos olhos, no que diz respeito ao legislativo, este eleitor, literalmente renovou em mais de 70% as cadeiras de vereadores. O resultado da votação do domingo (15) vai dar posse no ano que vem a 12 novos nomes, alguns conhecidos da sociedade da cidade, outros, uma surpresa — índice de mudança foi muito superior aos percentuais anteriores verificados no pleito de quatro anos atrás, levando-se em conta também os suplentes que assumiram o cargo ao longo da legislatura e depois conseguiram se eleger.
Nomes tradicionais como Ancelmo (MDB), Carlinho do Fórum (PSDB), Jarlis Adelino (PSD), Heliomar Laurindo (PL), Irmão Jorge (PSDB), entre outros, não puderam confirmar mais um mandato, ficaram para trás, alguns como suplentes, outros, nem apareceram, estes, serão substituídos por novos personagens da política local.
As novidades não se resumem aos nomes e às caras dos futuros parlamentares. A próxima legislatura também trará outra correlação de forças partidárias à Câmara Municipal. O número de siglas, agora, haverá 10 partidos representados. Uma grande quantidade de partidos costuma significar um desafio maior para as gestões municipais costurarem sustentação política, e isso já se mostra.
Este pleito apresentou três caras novas que poderão ser um divisor de águas, Lucas Alves (PODEMOS), 816 votos, um dos mais jovens se não o mais, fez uma política barata, olho no olho, pautando sua pré campanha e campanha, nos erros dos antigos, agradou e recebeu sem surpresas sua eleição. Dennes Pereira (PT), 553 votos, um enlace partidário onde quociente fez a diferença, o mesmo com Odacy Miranda (PTB), 528 votos. Destes, se espera força, atitude e muita vontade de mudar, algo que foi dito por eles incansavelmente em suas campanhas.
Relação por votos e partidos dos vereadores eleitos em Açailândia
Presença feminina na Câmara
Outra diferença fundamental entre a próxima legislatura é a presença feminina. A eleição de 03 mulheres marca uma reversão em comparação ao pleito anterior, quando nenhuma foi eleita. A nominata divulgada na noite de domingo representa um crescimento de mais de 15% no plenário. Outro fator que ainda precisa ser rompido é a pluralidade em relação à etnia. O número de concorrentes negros eleitos ainda é mera especulação, e para este pleito, não foi algo que pudéssemos dizer, "temos uma Câmara Plural".
Com tal mudança, só nos resta aguardar o dia da posse e ouvir da boca de cada um, suas metas e objetivos diante de uma Açailândia que a todo momento espera dos políticos bons motivos para sorrir.
Fonte: Atribuna