No fim de março deste ano, o cantor Latino visitou o Palácio do Planalto e se encontrou com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para discutir as dificuldades enfrentadas pela classe artística durante a pandemia de Covid-19. Em entrevista ao programa Pânico, da Jovem Pan, nesta quinta-feira, 15, Latino lembrou o episódio. “Tomamos um café e comemos pão com manteiga. Sou muito observador e reparei no presidente. Ele usava um relógio velho, de 1960, e um terno que não tinha um caimento muito bom. É uma simplicidade enorme. Bolsonaro tem seu lado tosco, mas é bem-intencionado. Quando o político está roubando, usa relógios e gravatas de grife, não tem como esconder”, disse.
Apesar do posicionamento sobre o presidente, Latino reiterou que “não quer politizar nada”. “Não tenho envolvimento nenhum com a política, fui encontrar Bolsonaro para trabalhar pelos músicos. Sinto que muitos têm medo ou vergonha de serem massacrados pelo tribunal da internet, mas ficar em cima do muro não rola. Quando tentei negociar melhores condições para a classe, o presidente me olhou e disse: "Latino, você quer que eu faça o que? Estão morrendo quatro mil pessoas por dia". Eu só pude ficar quieto”, concluiu o cantor.
Fonte: JP