Levantamento da Confederação Nacional de Municípios (CNM) aponta que a imunização contra a covid-19 por faixa etária, de pessoas abaixo de 60 anos sem comorbidades, teve início em 53% dos municípios.
Desses, 71% estão vacinando pessoas acima de 55 anos, 19% entre 50 e 55; e 9% já começaram a vacinar abaixo dessa faixa etária. Os dados constam da pesquisa semanal realizada pela confederação entre os dias 7 e 10 de junho. A 12ª edição do levantamento ouviu 3.129 gestores municipais.
A pesquisa diz que 47% dos municípios iniciaram a vacinação de gestantes e puérperas sem comorbidades. A vacina mais utilizada pelos gestores para esse público é a CoronaVac, apontada por 50,5% dos respondentes.
A Pfizer foi apontada por 42,1% dos respondentes. Esse imunizante, segundo o levantamento, foi distribuído até o momento para 51% dos municípios. A vacina da Pfizer começou a ser distribuída após alterações na forma de armazenamento da vacina, que passou a poder ficar até 31 dias em refrigeração comum. Na edição passada da pesquisa, 30,6% dos respondentes afirmaram já ter recebido a vacina.
Esta edição do levantamento também pesquisou as medidas que estão sendo adotadas pelos municípios para a retomada das aulas presenciais. O início da vacinação dos profissionais de educação foi apontado por cerca de 79% dos respondentes, seguida pela aquisição de Equipamentos de Proteção Individual (EPI), com 69%; adaptação da estrutura da escola, com 62%; e aquisição de testes de covid-19, com 41%. Já 9% dos gestores apontaram que ainda não adotaram medidas para a retomada das aulas presenciais.
De acordo com a pesquisa da CNM, gestores municipais estão preocupados com a possibilidade de uma terceira onda no país. Nesta semana, 51,4% apontaram crescimento de pessoas infectadas. Em 28,4% das cidades, o cenário se manteve estável. Já 15,3% apontaram queda.
Em relação ao número de óbitos pela doença, 26,6% apontaram aumento, 48% estabilidade e 20,2% queda nesta semana. As medidas de restrição de circulação ou atividades econômicas estão mantidas em 74,2% dos municípios pesquisados.
Gestores municipais também indicaram preocupação com o risco de enfrentarem a falta do chamado “kit intubação". Nesta semana, 743 municípios (23,7%) alertaram para esse risco. Nas edições anteriores, esses percentuais foram de 25,4%, 23,2% e 16,3%. Ao serem analisados os dados da pesquisa desta semana sobre a falta desses medicamentos por porte das cidades, pode-se identificar que esse risco atinge especialmente os médios municípios.
O levantamento também indicou que, nesta semana, 14,8% (462) dos municípios responderam que ficaram sem imunizante. Desse total, 304 relataram terem ficado sem vacinas para aplicar a primeira dose e 257, para a segunda. A CoronaVac ainda é a vacina com maior necessidade para completar o esquema vacinal da população, relatada por 75,7% dos gestores que apontaram a falta.
Fonte: Agência Brasil