A agência de notícias oficial do reino da Arábia Saudita afirmou que um dirigente de governo negou que o país tenha usado um software para monitorar conversas. Jornais afirmam que há uma lista de 50 mil smartphones invadidos pelo malware Pegasus
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A Arábia Saudita negou que tenha praticado espionagem "infundadas", após a publicação de uma investigação, segundo a qual vários países usaram o programa israelense Pegasus para monitorar líderes políticos, jornalistas e ativistas de direitos humanos, entre outros.
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A agência de notícias oficial do governo, a SPA, afirmou que um dirigente de governo negou as informações publicadas na imprensa, segundo as quais um órgão público do reino saudita teria usado um software para monitorar as mensagens de celulares de algumas pessoas.
De acordo com a fonte, cujo nome e cargo não foram divulgados, "essas denúncias são infundadas", e a Arábia Saudita "não aprova esse tipo de prática", acrescentou a SPA.
A Arábia Saudita é um dos países que teriam usado o programa Pegasus para vigiar jornalistas, políticos, ativistas de defesa dos direitos humanos e empresários, conforme matéria investigativa publicada na semana passada por um consórcio de 17 veículos de comunicação internacionais. Entre eles, estão o francês "Le Monde", o britânico "The Guardian" e o americano "The Washington Post".
A empresa israelense NSO Group comercializa o programa de espionagem Pegasus que, uma vez inserido em um smartphone, pode recuperar mensagens, fotos, contatos e até ouvir ligações.
Acusada de fazer o jogo dos regimes autoritários, o NSO Group garante que seu programa é usado apenas para obter informações de redes criminosas, ou terroristas.
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