O que parecia impossĂ­vel deixou de ser: Bolsonaro, Lula e Moro candidatos

Sinceramente, dava pra imaginar?

Por Ricardo Noblat - Posic textual - Ricardo Becker em 07/08/2020 às 15:19:10
Foto: Divulgação

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E se Jair Bolsonaro, Lula da Silva e Sérgio Moro disputarem a eleição presidencial de 2022? Impossível? Deixou de ser. ImprovĂĄvel? Depende. Depende do que decidir a Segunda Turma do Supremo Tribunal que julgarĂĄ até outubro um recurso da defesa de Lula que pede a suspeição de Moro.

A defesa alega que Moro não foi imparcial ao analisar os processos que envolveram o ex-presidente na Operação Lava Jato. Por isso, a sentença do ex-juiz no caso do processo do tríplex do GuarujĂĄ deveria ser anulada. Se for, decisões de Moro em processos como o do sítio de Atibaia e do Instituto Lula também poderiam ser.

Daí, Lula voltaria a ser elegível, e dificilmente não seria candidato a presidente pela sexta vez. As trĂȘs primeiras (1989, 1994 e 1998) ele perdeu para Fernando Collor no segundo turno, e Fernando Henrique Cardoso no primeiro. Venceu em 2002 e em 2006, e elegeu Dilma Rousseff em 2010 e 2014.

A Segunda Turma é formada por cinco ministros: Edson Fachin, Carmen Lúcia, Celso de Mello, Ricardo Lewandowski e Gilmar Mendes. Ali, Lula jĂĄ colheu duas vitórias: a delação do ex-ministro Palocci foi excluída da ação penal sobre o Instituto Lula. E a defesa de Lula terĂĄ acesso ao acordo de leniĂȘncia firmado pela Odebrecht.

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Fachin e Carmen são considerados votos certos contra o pedido de suspeição de Moro, e Lewandowski e Gilmar, a favor. Ninguém faz ideia de como votarĂĄ Celso, e se votarĂĄ. Ele serĂĄ outra vez operado da coluna, e se aposenta em novembro. O ministro Marco Aurélio Mello poderĂĄ substitui-lo na Segunda Turma.

Se ainda lhe restarem unhas para roer, Lula as roerĂĄ na torcida para que Celso se restabeleça logo e possa votar. Ele acredita que o voto de Celso o beneficiarĂĄ.

Fonte: Veja - Noblat por coluna

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