O bairro do Pequiá sempre foi e sempre será, pelo ponto de vista da arrecadação, uma fonte importante de emprego e renda para a cidade de Açailândia, seu posicionamento dentro da cidade nos faz afirmar com muita segurança que tal fato é verdade. Por outro lado, é necessário que seja levado a sério pelos órgãos de fiscalização, o relatório da Federação Internacional dos Direitos Humanos (FIDH), sobre substâncias tóxicas e perigosas jogadas no ar pelas guserias do bairro, mais especificamente as que laminam o aço. Jornal Atribuna teve acesso com exclusividade ao relatório FIDH, de 2019, que enfatiza atarvés de pesquisas, que em todo Brasil, as fábricas e instalações que jogam tais substâncias no ar, na sua maioria, estão situadas em uma proximidade inimaginável às comunidades, logo, tal objeto, são graves violações aos direitos humanos.
Fatos:
"Cerca de 300 famílias que vivem expostas à poluição causada por laminações de aço, no bairro industrial Pequiá, em Açailândia, entraram na Justiça para pedir reassentamento para outro local.
"Nos últimos 14 meses, três crianças e uma mulher de 30 anos morreram por causa de problemas pulmonares em decorrência da poluição provocada pelas laminações do aço.
O relatório da FIDH, destaca a situação do bairro Pequiá em Açailândia. Onde fica claro que o maior problema para tal ação do poder privado se dá através das influências e explorações dos meios políticos, aproveitando-se das debilidades das normas, da falta de supervisão e efetivação destas. Seria o caso das guserias da cidade, mais especificamente a única guseria que lamina em larga escala na região, que trás em seu portfolio a premissa de ser uma empresa sustentável e que pratica a responsabilidade ambiental, tal processo que só atrasa a cidade? o aço beneficiado por ela é de fato nocivo? segue de fato normas de controles que não causam danos especialmente falando ao moradores do Pequiá? será que toda Açailândia corre riscos de danos a saúde, caso este, seja de fato, nocivo a nós seres humanos? como está o ar da cidade?
As empresas implicadas neste infortúnio (sobre a degradação do ar e da saúde de toda população da cidade), seguem suas linhas de produções sem serem incomodadas, quanto aos moradores, estes, continuam aguardando os acordos serem cumpridos e, suas saúdes serem reparadas.
A sede de poder em uma cidade como Açailândia, não é característica só de políticos, empresários também carregam tais caraterísticas, quem se lembra do episódio chamado "propinaço", episódio este, que marcou negativamente a política legislativa de Açailândia, onde ficou evidenciado a participação de um grande empresário do aço, com sua sanha pelo poder, e dos vereadores, que abriram uma suposta porta de corrupção, fato este que segue sendo investigado e aguardando novos capítulos. Açailândia é assim, de política efêmera, de negócios escusos, mas de população inteligente.
Fatos:
"A denúncia de pagamento de propina a vereadores do Município de Açailândia para aprovação de Projeto de Lei que fixou isenção ou redução de impostos para empresa Aciaria Aço Verde, instalada na cidade do ferro, foi feita à titular da 1ª PJ/Açai, Glauce Mara Lima Malheiros, em 23 de maio de 2014, na sede da 1ª Promotoria de Justiça de Açailândia/Ma, pelo Sr. Adriano Sousa da Rocha, quando então foi aberto um Procedimento Administrativo nº 01/2014 – 1ª PJ/AÇAI, instaurado para apurar as denúncias.
"A denúncia veio a público em uma entrevista coletiva bombástica concedida pela prefeita de Açailândia Gleide Lima Santos (PMDB), quando citou os nomes de todos os vereadores acusados de ter recebido propina para aprovação de PL. O caso está sendo investigado pelo Ministério Público do Município que afirma já ter ouvido algumas testemunhas, mas nenhum resultado ainda foi apresentado à sociedade, mas com a aparição desse fato novo em que envolve a pessoa do vice-prefeito de Açailândia Juscelino Oliveira no PROPINAÇO de Açailândia, espera-se uma ação mais efetiva do MP.
Fonte: Atribuna