Caiu em 29% o número de focos de queimada no comparativo do mês de julho para agosto até o dia de ontem, quarta-feira (26). Os dados são do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que faz o monitoramento diário. Nos últimos 5 meses, a quantidade de focos acumulados foi de 38. 802 no país, e no Maranhão, foi de 3.756.
O Maranhão também registrou queda comparando-se 2019 e 2020 no período de 1º de janeiro a 25 de agosto. A redução foi de 9%, passando de 5.289 para 4.810 focos de queimada.
No entanto, quando comparamos julho e agosto deste ano, houve um aumento de 29%, o que corresponde a 1.283 e 1661 focos, respectivamente. Somente nos últimos 5 dias foram 69 focos acumulados.
Desde o início do semestre, operações do Corpo de Bombeiros tem intensificado o combate às queimadas no interior do Estado, que costumam ser mais frequentes devido ao período de estiagem. De acordo com a corporação, boa parte das queimadas é causada por ação humana, que fazem uso do fogo para preparar o solo para plantio. A ação inclui medidas de combate e campanhas educativas nas comunidades.
O relatório do Corpo de Bombeiros Militar do Maranhão, com base em dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), apontou 3.149 registros de queimadas no Maranhão, no primeiro semestre deste ano. De acordo com o órgão, as queimadas são mais comuns e com maior intensidade nas regiões Sul, Centro, Leste, Oeste; e com menor, o Norte do Estado.
A incidência de focos de queimadas no Maranhão deve-se às ações do homem que ainda faz uso do fogo em suas diversas atividades de campo ou em sua maioria de forma criminosa e intencional, atrelado ainda às condições climáticas do Estado, tais como: ventos fortes, baixa umidade e temperaturas elevadas, que juntos se tornam condição para o fogo se espalhar e sair do controle.
Recentemente, como parte da campanha Maranhão Sem Queimadas, começaram a ser distribuídas cartilhas no interior do estado, com informações sobre queimadas, formas de prevenção e ações corretas para evitar acidentes.
Produzida pelo Governo do Estado, por meio da Agência Estadual de Pesquisa Agropecuária e de Extensão Rural do Maranhão (Agerp), a cartilha é voltada a comunidades produtoras.
Mirador foi a primeira cidade a receber o material, alcançando cerca de 200 produtores familiares. A cidade está entre as mapeadas com focos de queimada em área de reserva.
A campanha Maranhão sem Queimada tem parceria com as secretarias de Estado de Meio Ambiente e Recursos Naturais (SEMA) e da Agricultura Familiar (SAF), Agência Estadual de Pesquisa Agropecuária e de Extensão Rural do Maranhão (Agerp) e Batalhão Polícia Ambiental do Maranhão (BPA/PMMA).
Fonte: O Imparcial